Ultimamente parece que vivo em festa. Aposto que vocês que lêem frequentemente meus posts pensam isso. Agora, se por um lado estou em ritmo de festa, a mil com as ideias e toda a organização, por outro estou triste com a ausência do marido. Isso mesmo! Marido viajou duas semanas a trabalho e encontro-me sozinha. Ahhh sozinha não... com meus três filhos.
Conseguem imaginar como meus dias estão tranqüilos? E as noites então!
Para contribuir um pouquinho com todo o ritmo Thomas melhorou, mas Lucas ficou doente. Semana passada fiquei por conta dele e das idas ao pediatra. Hoje, após uma semana, posso dizer que a maré de acontecimentos inesperados está indo embora.
E fôlego, cadê fôlego? Cadê a noite que dormi a noite inteira? Algúem sabe?
Está difícil descansar, ter ao menos uns minutinhos para mim. Durante o dia a maior correria por conta das escolas, da casa e do Lucas.
A noite também fico por conta deles. Agora, divirtam-se ou chorem comigo! rs
Nunca fui a favor da cama compartilhada, mesmo porque acredito que seja super importante cada um ter seu espaço, seu cantinho para dormir. Isso quer dizer que por mais que goste de ter meu espaço, de dormir somente com o marido ao meu lado, abro uma, duas e muitas exceções.
Agora então que marido viajou combinei com o Felipe e Thomas que dormiriam junto comigo algumas noites, ou melhor, quase todas. Primeiro pensei em fazer isso para ser algo diferente, divertido. Segundo que é realmente gostoso tê-los por perto, todos se sentem muito seguros, acolhidos. Terceiro que sabia que não seria tão fácil assim, já que antes do marido viajar tínhamos noites difíceis, com choros, com pedidos para ficarmos ao lado deles.
Mas juro que não imaginei que seria assim... tendo o duplo sentido: ao mesmo tempo que caloroso, amoroso, delicioso; muito cansativo.
Olha que não basta somente dormir ao meu lado, precisa ter um contato físico. Vejo sempre as pequenas pernas encostadas no meu corpo. Uma ligação, uma ligação forte! Como podemos transmitir tanta segurança assim para os filhos? Ao meu lado eles dormem tão bem, mas eu... Ahhhh acordo com dor no corpo inteiro.
Então, acompanhem de perto algumas noites, pois confesso que uma é diferente da outra. Sempre uma caixinha de surpresas.
1)Hora de dormir. Thomas e Felipe começam a noite na minha cama. Deitam e tranquilamente dormem. De madrugada Lucas acorda, doente, mais sensível, não basta o colo, precisa sentir o cheiro, o toque da mãe. Decisão: todos dormem na minha cama. Imaginem uma mãe amassada, parecendo um sanduíche. Prazer essa fui eu...
2) Outra noite. Decisão tomada. Conversei com Thomas e Felipe e falei da importância de dormirem na própria cama. Falei do meu cansaço e do trabalho a mais que o Lucas estava dando por conta de não estar bem. Expliquei que levanto várias vezes e que seria bom ficarem tranqüilos, descansarem. Eles topam! Fazem entender! De madrugada estou dormindo com o Lucas ao meu lado quando de repente chega o Thomas chorando, logo depois Felipe pedindo para dormir também na minha cama. Conclusão: todos juntos novamente!
3) Mamãe aqui conversa novamente com eles. Fala do choro, de todo cansaço, explica que podem dormir de vez em quando, mas que está dificil por conta do Lucas. Então, dizem que dormirão cada um na sua própria cama. Madrugada! Estou dormindo com o Lucas, pois esse grudou, está sentindo a ausência do pai, está doente. Estamos bem dormindo, dormindo... de repente, chega o Thomas e começa a chorar, chorar e não para mais. Grita, diz para tirar o Lucas de perto. Diz que quer colo. Eu ali começando a relaxar, descansar após ter dado mamar e embalado profundamente Lucas no sono. Difícil, acalmo o Thomas e dorme ao meu lado também.
Cada filho com suas demandas! Cada filho expondo um sentimento...
4) Estava dormindo sozinha. Esperança de dormir bem e sozinha. De repente Lucas acorda, sem outro jeito, exausta levo-o para minha cama. Depois Thomas chega de mansinho e pede para deitar também. Todos dormindo! De repente, vejo Felipe ao meu lado. Chora, chora, pede para levá-lo para o quarto. Chora, pergunta porque o Thomas está dormindo comigo também. Enfim, só acalma quando falo para dormir também na minha cama.
Essas são as minhas noites. Cada dia algo diferente acontece, mas no final todas acabam iguais, assim como na imagem, mamãe um sanduíche, dura, estática, sem virar de um lado para o outro, preocupada com o espaço, em não deitar em cima da mão de um dos filhos. Sem descanso, porém rodeada de filhos e com muito amor ao lado.
Vida de mãe com filhos pequenos! Não é mesmo?