Simples assim...

Pensamento de criança, mais especificamente, do Felipe...

Saindo do Kindergarten

"- Mamãe, você viu o carro da mãe do...?"

"- Eles estão com outro carro!"

"- Já que você e o papai estão vendo carro para comprar vocês podiam comprar um igual a esse!"

"- Mas filho, você acha que cabe todos nós nesse carro?" (Fora que é baratinho, baratinho!)

"- Ahhhh mamãe..."

Mais tarde, no final do dia...

Felipe indo para o mercado com o papai.

"- Papai você precisa comprar um carro igual da mãe do...!"

"- Ahhhh é.... por que?"

"- Porque não consigo respirar nesse carro!"

Vida fácil.... simples assim...

Esse dá para respirar!!!! 
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Os preparativos continuam...

Convites entregues e a correria continua para dar conta de preparar tudo para o aniversário do Felipe, conciliando a casa, os três filhos e todas as coisas que invento para fazer...

Mas a graça realmente é essa: criar, fazer, decorar, comemorar reunindo os amigos para ver a alegria do filho. E outra, depois crescem e.... juro, juro que quero lembrar com orgulho de tudo que fiz por eles. E sei que sentirei saudades, muitas saudades desse tempo, dessa loucura.

Piquenique no jardim + tema de polícia + crianças por todos os lados + guloseimas + muita brincadeira = filhos felizes e pais enlouquecidos...rs
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3 de 4 - Soltando a linha da pipa

Continuação da série de posts sobre a criação dos nossos filhos. Se perdeu a sequência, veja aqui e depois ali.

"- Feeeeeliiiiiiiipeeeee!!!!!!!!!!!!

- Boris, você viu o Felipe? 

- Thomas, cadê o Felipe?

- Felipe onde você estava?”

Temos um espaço considerável em volta da nossa casa, no qual é toda cercada por um jardim. Tem portão, mas o mesmo permanece aberto (já que também é muito fácil abrir). Geralmente as crianças brincam muito por lá. Mas sempre, sempre com a minha supervisão. Atualmente, seguimos nós três, no qual fico com o Lucas por perto no carrinho ou mesmo no sling. Mas estou perto, procuro bichos no jardim com o Felipe e o Thomas, brincamos de bola; enfim, mostro-me presente. 

Lógico que não ficam grudados comigo, ficam dando voltas pela casa com os carrinhos de jardim ou bicicleta. Se porventura tenho que preparar algo dentro de casa, sempre olho pela janela, dando uma espiada no que estão fazendo por lá.

Mas é exatamente nesse ponto que começa a discussão entre marido e eu, melhor, nossa conversa quase diária (para não pensarem que estamos quase divorciando rs). Marido não vê mal algum em relação aos meninos brincarem lá fora, ficarem por lá sem a presença de um adulto. Geralmente diz que fico muito em cima deles. Diz que posso olhá-los, mas sem que percebam que estou fazendo isso a todo momento. Diz que devo orientá-los, conversar sobre o que pode ou não podem fazer. Fala que preciso fazer com que confiem em mim e vice-versa. 

Tudo bem, mas não acho que é uma questão de confiar ou não nos meus filhos. Tem o fato de não confiar nos outros. Tá certo que o modo de vida é bem diferente, que há segurança e dá para contar nos dedos os episódios estranhos e preocupantes acontecidos na cidade. Mas vai saber... Não fico tranqüila, sempre acompanhei tantos acontecimentos horríveis no Brasil, em São Paulo. É fato que prefiro cuidar, zelar e acompanhar passo a passo. Talvez seja coruja, insegura e controladora demais. Mas fui criada assim e sempre morei em cidade grande.

No entanto, marido sempre morou numa chácara, foi criado muito mais solto ao lado dos irmãos.

Também tem o fato da super proteção de mãe, já que sou mãe, tenho três filhos que dependem quase exclusivamente de mim. É claro, além do marido. Talvez minha postura tenha haver com a mudança para a Alemanha, com a maior responsabilidade distante dos familiares.

Mas o que sei é que considero meus filhos pequenos, que precisam de um olhar cuidadoso. Será que já dão conta de se protegerem dos outros, dos perigos? Será que sou uma mãe muito galinha e seus pintinhos? Uma mãe chata demais? 

Acho que vale um equilíbrio, não? Vale soltá-los devagarinho, assim como a linha da pipa...

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Pontinhos vermelhos maduros






Imaginam qual é a próxima foto? Essa mesma... Eu me divertindo comendo cereja do pé enquanto os meninos brincam no jardim. Delícia de estação do ano! Uma maravilha a oportunidade de comer assim, frutas tão saborosas...

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2 de 4 - Como nossos filhos aprendem...

Assim como contei para vocês, na última blogagem coletiva das Mães Internacionais,  darei continuidade aos aspectos culturais diferentes que pegam entre a maneira que marido e eu pensamos na criação dos nossos filhos.

O primeiro que abordarei se trata da educação, ou seja, a maneira como nossos filhos aprendem. Geralmente discutimos em torno da proposta pedagógica da escola. Isso acontecia no Brasil, enquanto era professora e trabalhava numa escola sócio construtivista, no qual sempre dizia que estudou a vida inteira numa escola tradicional e não entendia uma série de atividades e encaminhamentos que fazia com meus alunos.

Uma discussão sem fim, porém sempre explicava, argumentava e ele vinha com uma infinidade de exemplos da escola, da maneira como aprendeu. Nossas conversas sempre contribuíram muito para pensar sobre o real significado das propostas, da maneira que trabalhava em sala de aula.

Mudamos para a Alemanha. E de início, o que pensei que seria tão bacana quanto ou melhor ainda, foi tudo muito diferente. Me encantei com alguns temas dos projetos no Kindergarten (Jardim da Infância), me decepcionei com a relação professor X aluno, com muitas atividades e como são encaminhadas. Conclusão: as discussões, trocas de opiniões entre marido e eu intensificaram. Além disso, é muito diferente, ser somente professora e depois ser professora e mãe. Um olhar diferenciado, muito mais investigador, pois envolve a aprendizagem dos filhos.

Aprendi através do método tradicional, meu marido também, porém pensamos totalmente diferente. Talvez porque fiz pedagogia e estudei anos e anos sobre o processo de ensino / aprendizagem. Com meus anos de estudo e como professora acredito que através do método tradicional a criança simplesmente reproduz, faz algo mecânico, sem compreender totalmente o real significado. Que a proposta limita a criação por parte da criança. Que olha para os alunos de maneira totalmente igual, sem considerar a individualidade de cada um. Interessada em informar, em moldar os alunos ao aprendizado da mesma maneira, com as mesmas atitudes. Ou seja, no qual há pouca interlocução com a criança. 

Esses são os pontos principais da nossa discussão, pois atualmente enxergo muito de tudo isso na escola em que o Felipe estuda, a maneira como o meu filho lida com o processo de aprendizagem. Olhem que a proposta não é definida como tradicional, porém é dessa maneira que enxergo os encaminhamentos da professora.

Para ser mais clara darei apenas um exemplo simples: Nas propostas de desenho as crianças tendem a fazer tudo muito parecido, apresentando algo muito igual, próprio da realidade. Meu filho sempre faz uso das cores de acordo com os objetos reais assim como eles são, geralmente é incentivado a colocar o número de olhos, dedos ou pernas dos bichos corretamente. Há um encaminhamento dirigido para as crianças fazerem isso, para incluírem em sua produção algo visto no dia a dia, de acordo com o tema estudado ou observado nos livros. 

Isso na minha opinião limita a criação e produção da criança. Acho que a professora pode sim dar recursos, mostrar exemplos para as crianças, pois é fato que aprendemos também copiando, mas sempre essa conduta acho demais. Sabem por que? Por que meu filho em casa também requer um tanto de direcionamento para as produções. Sempre de um modelo, de alguém “ditando”, “orientando” o que deve ser feito. 

Parece-me que não tem meio termo, pois deveria ser uma parcela pequena no dia a dia, no encaminhamento das professoras. São poucas atividades e freqüência, então quando acontece a professora tem um objetivo a ser alcançado rapidamente, ao invés de incentivarem numa série de propostas.

Por outro lado, marido diz que sempre aprendeu dessa maneira e que não será isso que definirá como meu filho será no futuro, se será criativo ou não. Que mostrar o jeito certo, sempre dando um modelo, tem os aspectos relevantes para o ensino, de alcançar com êxito o objetivo, tendo clareza disso perante os alunos, mesmo que de início seja somente reproduzido.

O meu pensamento vai além, pois essa maneira também interfere na relação que o meu filho tem com o fazer e com a própria escola. Marido já diz que não vê tanta importância assim nesse processo, enfim, que o “meio” nem sempre justificará o fim.

Mas vou além, dizendo que é somente o início e que considero super importante no processo de ensino e aprendizagem durante todo o período escolar.

Será que sou exigente demais? Devo fechar os olhos quando Felipe diz que a joaninha tem 6 pernas, que fica contando enquanto desenha ou vice versa, interessado em confirmar se está correto; quando vejo as produções de Artes da escola todas com os mesmos elementos e quase todas as cores, quando vejo meu filho sendo muito “metódico”, “certinho” diante de alguns acontecimentos no dia a dia. 

Esse jeito de ser tem muita relação com as características da personalidade do Felipe. Ao mesmo tempo, na escola, será que deve ser incentivado para seguir pela mesma direção, pelo mesmo caminho que todos? Já não bastam as regras que encontrará no mundo?

Marido diz que sim! Que no mundo e, em especial na Alemanha, as regras, o jeito certo faz com que as coisas caminhem, haja bons resultados em todos os sentidos. Por que não mostrar desde já como as coisas são, funcionam...


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Piquenique no jardim

Após todos os pitacos das amigas nesse post pedido aqui, resolvi o que faremos no aniversário de 5 anos do Felipe. Isso mesmo! Será um piquenique no jardim!!!

Estava mais decidida para fazer algo ao ar livre, já que estaremos no verão. E vocês, me deram o empurrãozinho. Lógico que me preocupa o verão que temos na Alemanha, mas juro que arriscarei. O máximo que pode acontecer é o piquenique ser no chão da sala. 

Conversei com o aniversariante e o mesmo ficou animadíssimo. 
 
Até então minha maior preocupação era como preparar tudo, como fazer tendo um bebê para amamentar de tempos em tempos, se daria conta do trabalho todo que teria em casa. Mas pensando que será ao ar livre, tenho certeza que farei algo simples e divertido. Além disso, achei ótima a sugestão da Mari de convidar uma amiga para me ajudar. Sugerido, feito e organizado. A amiga ajudará com a criançada, além do marido e também tirará as fotos.

Mas sabem o que é pior de tudo? Eu me animo, me animo muito! Primeiro não quero fazer, fico com mil dúvidas, depois me envolvo que é uma beleza. Quero fazer do melhor jeito, inventar milhões de coisas. Agora, cadê tempo para tudo isso? O dia é longo, mas a noite é melhor ainda... Fico depois parecendo um zumbi. Mas penso que será por pouco tempo e valerá a pena.

Então, rapidamente, considerando que tenho menos de 3 semanas já escolhi o convite, já resolvi toda a parte da decoração. Mas para fazer tudo isso, lógico que perdi um bom tempo olhando sites, conhecendo outras ideias para enfim definir de acordo com minhas preferências.

Estou animada, talvez mais que o Felipe. Sabem por que? Porque sempre amei essa ideia e nunca coloquei em prática enquanto morava em São Paulo, Brasil. Se bem que permanecemos morando lá até 1 ano e meio do Felipe, também não daria para comemorarmos muitos aniversários.

Mas admiro, admiro quem compra essas ideias originais e simples morando em cidade grande, no qual há um bombardeio de incentivos para o Buffet. Fiquei encantada quando li o post da Priscilla, pois fez algo bacana, diferente, saindo do tradicional; indo a um parque com os convidados para a comemoração do aniversário da filha.

Aqui só tenho mesmo que aproveitar. Logo que chegamos juro que foi uma das primeiras coisas que fizemos por aqui, já que encontramos belos parques e lagos. Pegamos a toalha, a cesta e fomos para a beira de um lago. Foi uma delícia!

Coisas simples da vida, mas cheias de significados. Reunir a família, sendo numa data especial ou não, comer algo preparado pelas próprias mãos, conversar e dar boas risadas juntos!

Por isso, quero mesmo proporcionar esse encontro do meu filho com os colegas mais próximos. Agora, o segundo desafio.... Conciliar o piquenique com o tema escolhido.

Já imaginaram o piquenique? Vejam essas imagens abaixo que me inspiraram tanto (alguns chiques demais!), de onde tirei tantas ideias interessantes. Agora, não pensem que será nessas cores, vermelho, pink ou rosa. Será nas cores relacionadas ao tema escolhido: polícia. Uma mescla que espero que dê certo!

Depois volto para contar mais sobre esse desafio de preparar o piquenique. Caso não volte, conto após o aniversário. 

Se tiverem mais alguma ideia, algum palpite... Agradeço todas, agradeço novamente a NiveaCarol e a Paloma pelas boas ideias compartilhadas.


Piquenique tem que ter toalha no chão, tem que ter cesta... Adoro!


Gostei das bexigas no canto, na lateral... As flores dentro da galocha e...


Pequenos detalhes que enfeitam... Os bichos de jardim de chocolate, os guardanapos, as fitas, os próprios desenhos das crianças.


As flores.... as lembrancinhas


A organização dos comes e bebes

Aproveitar o que já temos...
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Ler para se divertir, para aprender...

Adoro revistas, principalmente aquelas que trazem um tanto de informações e novidades sobre o universo infantil. Depois que mudamos para cá, ainda recebi algumas até a finalização da minha assinatura. Mas elas chegaram somente mais tarde, através de uma visita, já que não era viável colocá-las no correio.

A verdade é que nem precisava, já que encontramos praticamente tudo nos sites. Mas gosto! Gosto de juntar papéis de presente, gosto de revistas e de guardá-las pelo menos por um tempo. O fato de folhear revistas e catálogos passa o tempo, é divertido e possibilita que faça marcações, grife partes que acho interessante retomá-las mais tarde. Por isso, que também gosto de ter meus próprios livros.

E abrindo parênteses bem rápido acompanhem o meu pequeno folheando um catálogo. Com quem será que ele aprendeu essa postura de colocar o dedinho. Uma mania feia e espero que não permaneça. Ainda bem que não generalizou, fazendo isso também nos livros. Fecha parênteses.



Essa semana, através do link da revista crescer no face, passei um bom tempo olhando e conhecendo os 30 melhores livros infantis. Vocês já deram uma espiada? Super interessante a maneira que apresentaram os livros no site. Conseguimos conhecer o início da história, dar uma olhadinha nas primeiras páginas do livro. Se vocês não viram, segue o link. E não pense que tenho alguma relação próxima com a revista ou que um dos autores pediu para fazer isso no meu blog rs... Apenas passei a estudar como podemos incentivar a leitura por parte das crianças, dei alguns cursos sobre literatura infantil e hoje resolvi falar do assunto para matar um pouco a saudade.

Acho sempre válido conhecermos novas histórias, outro autores. Digo isso, pensando em nós, pais, pois assim criamos um repertório de livros que consideramos interessantes para nossos filhos, considerando a faixa etária e a relação que podem estabelecer com o mesmo.

Quantas vezes vamos até uma livraria e deixamos a criança escolher o livro? Acho que isso acontece e, sem dúvida, também é importante para a criança apresentar e ampliar os critérios de escolha. Mas, por outro lado, temos que pensar nos diferentes tipos de livros que apresentamos para elas: livros com textos curtos, trechos repetitivos, somente com imagens, somente com textos, livros que possibilitam uma interação, no qual as crianças pegam, apertam, sentem, brincam. Livros ricos de conteúdos! E essa é a dificuldade que muitas vezes apresentamos... avaliar se é bom ou não.

Esse universo literário está cada vez maior e vale uma atenção cuidadosa da nossa parte, ainda mais que é válido e favorece muitos aprendizados para a criança desde pequena através do simples ato de folhear, olhar somente as imagens e observar um adulto realizando a leitura.

Por sinal, vocês lêem sempre para seus filhos?

Aqui em casa faz parte da rotina antes deles dormirem. Pensando nos idiomas presentes, temos o costume de intercalar a leitura entre marido e eu. Um dia em português e o outro em alemão. Eles acostumaram e hoje se não tem livro, por algum motivo especial, ficam bravos, tristes. Tem o dia que nós escolhemos o livro, o dia que eles escolhem, mesmo porque consideramos importante observar se pegam um livro que ainda não lemos, se escolhem o mesmo livro do dia anterior ou se fazem questão dos livros em algum idioma.

Olhei o site da revista e fiquei com vontade de ter alguns livros para meus filhos. Não são todos, mas fiz uma seleção de alguns para um investimento futuro. Por exemplo os do Ilan Bremman, autor que gosto bastante e que suas histórias favorecem a imaginação e aproximação de muitas questões infantis, que são divertidos e encantadores em suas ilustrações.





Entre os 30 melhores, por coincidência, Felipe tem dois livros. Um em português e o outro em alemão. Então, fiquei com vontade de compartilhar com vocês. Fica a dica, uma indicação pelo olhar de uma mãe e também pelo filho.



Aperta Aqui ou Mitmach Buch

Conheci esse livro em alemão. Nem imaginava que teria em português.
Num belo dia fui buscar o Felipe no Kindergarten quando me deparei com ele sentado no mini sofá da sala fazendo todos os comandos da história. Isso mesmo! Vi meu filho assoprando, batendo palmas, colocando o livro para um lado, depois para o outro. Na hora, fiquei surpresa, achei estranho, pensei que estava variando das ideias e logo comecei a ler para ver se era isso mesmo ou se estava inventando a partir da ilustração.
Achei o máximo! Coisa de mãe... rs
Mas realmente ele já sabia tudo, havia guardado as solicitações apresentadas em todas as páginas.
Logo pediu de presente de Natal e frequentemente pede para realizarmos a leitura. Um livro que possibilita total interação. Tanto que o Thomas também já imita o irmão, pega o livro, aperta, assopra, bate palmas achando a maior graça.

Vale vocês conhecerem...

Felipe: Gosto desse livro porque...
“Ele pede para você fazer as coisas. Tem que apertar, assoprar, por o livro de um lado, do outro.
Quando a bola fica muito grande você aperta no meio, na parte branca e fica pequena de novo. Aí começa tudo outra vez”.



Onde cabe um, cabem dez

Esse livro eles ganharam de uma grande amiga.
Achei bem interessante para meus dois filhos. A história é curta; apresenta repetição; favorece o conhecimento, reencontro com os números; tem uma ilustração que favorece a interlocução por parte das crianças; as ilustrações também incentivam uma busca; a brincadeira de procurar os animais.

Felipe: Gosto desse livro porque...
“- Toda hora tem os números para ver quantos vão subir na árvore.
Sempre tem lugar para mais um bicho na árvore.
Os bichos são coloridos e quando sobem na árvore mudam de cor”.

Bom... ficam as dicas. Se quiserem saber mais não deixem de acessar o site da revista crescer. No qual, tirei também as ilustrações acima.

Agora, vocês que também são brasileiras e moram fora, sabiam que a Livraria Cultura faz entrega internacional? Não é nada barato, mas talvez pode ser um caminho se vocês tem interesse em incentivarem a leitura, aprenderem mais sobre o idioma, ampliarem os horizontes do seu filho e não tem como conseguirem os livros. Talvez uma vez por ano, de vez em quando, não seja tão ruim assim... O que acham?
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Intenso, pois será o último?

Vocês também são do tipo de pessoa que aproveitam intensamente o último? O último pacote de bolacha do pacote, o último encontro familiar, a última viagem sabendo que a próxima pode demorar para acontecer, a última taça de vinho, o último capítulo de um livro, o último filho?

Realmente a palavra intensidade é a que permeia a minha relação com meu bebê Lucas. Não consigo pensar em outra definição melhor para os dias que já vivi ao lado dele, para as ações realizadas com ele, para ele. E a pergunta que fica no ar: Será que é tão intenso, pois será o último?

Consideramos todas as condições atuais, onde vivemos e, o principal, o quanto exige dedicação, tempo, amor e o ato de educar, sabe-se bem que esse último não é tão simples assim; a gente se envolve, se preocupa de uma tal maneira que passa a acreditar que não daremos conta de tantos filhos assim. Olha que estou no terceiro e, justamente por isso que penso em parar. Porque mãe sempre quer fazer o melhor. Então, ponto final.

É fato que lidamos com o terceiro de maneira mais tranqüila, mais deixa as coisas acontecerem no seu tempo, conforme as necessidades do bebê e de acordo com nossas vontades, nossas concepções de certo e errado. Não há tantos medos, muito mais conhecimentos. E a pergunta que fica no ar: Será que é tão intenso, pois já tem um tanto do que é conhecido?

Outro dia fomos a pediatra do Lucas, na primeira consulta. Entre uma medição, anotação e outra eis que surge a seguinte pergunta: Qual é a fórmula que dão? Subentendendo que poderia ser outra opção ao invés do simples ato de amamentar. Na hora pensei, como assim não amamentar. Se bem que conheci pessoas aqui na Alemanha que desistiram de amamentar, pelo simples fato dos mamilos ficarem doloridos, do bebê depender única e exclusivamente da mãe, no qual tende, se faz necessário dispor de um tempo para esse encontro, para esse bem maior ao bebê. E mais uma vez a pergunta que fica no ar: Será que estou vivendo intensamente essa relação entre mãe e filho, o amamentar, pois será o último?

Nessa vida de mãe de três o tempo voa e o sono só aumenta. Uma infinidade de tarefas: entre limpar, blogar, trocar a fralda, cozinhar, passar, lavar, tem o dormir. Dormir durante a noite, o dia, não importa o tão cansada esteja, o importante é ter o meu bebê ao lado. Deitado em meu peito, deitado ao meu lado, mas ficar junto! Viver esse momento, esse momento que passa, assim como aconteceu com os outros filhos. E a pergunta que fica no ar: Será que é tão intenso o desejo de estar ao lado, de curtir esse pequeno, que aproveito para dormir também ao lado dele? 

E agora me digam se não é para viver intensamente as delícias de um bebê ao lado...grudado!

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Desfecho da situação inesperada

Primeiramente agradeço novamente todas as amigas que deixaram comentários aqui. Não foi à toa que escrevi esse post. Sei que tinha um tanto de exposição do que aconteceu com meu filho, porém qual é a mãe que nunca viveu uma situação inusitada, inesperada? E outra, minha intenção foi realmente trocar ideias sobre o assunto, já que realmente fiquei chocada, sem saber como agir. Vocês me ajudaram bastante! Vejo realmente esse espaço do blog para trocar opiniões, mesmo que sejam as mais diversas possíveis. Afinal, a gente aprende um tanto com o outro. Não é mesmo?

Mas voltei... voltei para contar o que fizemos, para ressaltar os pontos que discordo e os que me ajudaram a partir dos comentários realizados.

Só abrindo um parênteses

Se você está passando por aqui e não está entendendo sobre o que estou escrevendo, talvez precise recuperar o que aconteceu lendo aqui.

Fecha parênteses

Realmente foi um pedido um tanto esquisito por parte da criança. Concordo que uma criança de 7 anos, quase 8, pode ver as coisas com malícia, ouve, vivencia e observa as coisas de maneira diferente. Ainda mais nos dias atuais... 

Pelo tanto que conheço a criança, já que não é de hoje que Felipe brinca com esse colega, acredito que tenha sido mais provável ter visto essa cena na televisão, no computador acompanhado do irmão mais velho, ou mesmo ter presenciado a cena dos pais sentarem no colo um do outro durante uma relação sexual. Acho difícil, mas muito difícil estar acontecendo um abuso sexual. Agora, digo bem... difícil, mas não impossível. 

Conhecemos os pais da criança, temos uma relação próxima, mas não de amizade intíma. Convivemos em algumas situações, conversamos e trocamos um tanto sobre a vida. Não é uma família desconhecida que não sabemos nada. Por isso, preocupou-me ainda mais. 

Agora, também não temos liberdade o suficiente, uma relação tão tranqüila, para contar o que aconteceu, para solicitar que orientem e fiquem de olho no filho. Pela postura de muitos alemães e, em especial dessa família, acredito que dariam uma punição na criança, muito mais que conversarem e orientarem. E sem sombra de dúvida, acho mesmo que essa criança precisa de orientação e diálogo.

Talvez esteja na fase da curiosidade, interessado em conhecer o corpo do outro, em comparar o pipi. Apesar que tenho certeza que sabe que é algo que não se faz, como algumas de vocês disseram, que se não tivesse um pingo de maldade, malícia porque chamaria para fazer num local escondido. Também que o senso de culpa só existe por saber que esse tipo de brincadeira não é correta.

Então, só pode ter reproduzido algo que presenciou ou talvez tenha acontecido com ele. Se bem que acredito no que uma de vocês pontuou em relação a criança ou adulto que é abusado, no qual dificilmente torna-se um abusador. Tenho cá comigo que a tendência é a criança ou pessoa se guardar, isolar para viver essas situações. Mas não dá para generalizar, pois se é uma ação prazerosa, talvez tende a querer mais e mais. Por isso, todo cuidado é pouco! 

Com isso, tenho mesmo que orientar e educar meu filho para o que pode vir acontecer com ele. Tenho mesmo que ficar de olhos bem abertos para os momentos de brincadeira entre eles. Ainda mais a criança sendo mais velho, pode sim tentar convencer mais facilmente meu filho a fazer algo que não seja bacana. 

Por isso, dá-lhe conversa, transmitir segurança para que possa contar o que acontece, o que incomoda, o que é diferente e questionável aos olhos e dia a dia de uma criança de quase 5 anos. Assim como disseram, elogiaram minha atitude. Mas confesso que minha vontade foi de chamar o menino na hora, falar poucas e boas, correr para chamar os pais e contar tudo, tudo, tudinho. Me segurei, melhor, meu marido. Nessas horas, nada melhor do que alguém que saiba lidar melhor com a situação, de cabeça fria, sem aquele sentimento de mãe leoa de querer proteger o filho, de não querer que nada aconteça, enfim.. é diferente a forma de lidar, pensar entre mãe e pai. 

Conversamos muito sobre a conduta que teríamos com as duas crianças. Vale lembrar que são crianças e que teríamos que ter cuidado com o jeito de falar as coisas. Decidimos conversar com o amigo e novamente também com o Felipe. O marido aqui daria uma intimidada no menino, tentaria dialogar afim de orientá-lo. 

Como vocês pensam que foi a conversa? Conseguem imaginar? Isso mesmo o menino não falou muito, mas pareceu entender bem o recado. Na verdade, ficou muito constrangido e disse que estavam apenas brincando. Ficou surpreso e falou que não faria mais isso. Marido explicou que não é uma brincadeira bacana, que não deve tirar a roupa para outra criança. Perguntou se fez isso porque viu em algum lugar ou fizeram com ele também. Logo, ficou quieto e com receio do questionamento, da conversa. Marido deixou bem claro que estava conversando e orientando para ter uma atitude melhor e caso isso se repetisse conversaria com os pais. 

Quanto ao nosso filho, o principal nessa história toda, decidimos que continuará brincando com esse amigo. Ficaremos de olho, não permitiremos que brinque na casa dele, apenas por perto de nós, de forma que tenhamos acesso ao local e brincadeira. Achamos radical demais proibir o encontro entre eles, ainda mais indo pelo viés que são crianças, que gostam de brincar juntos!

Conversamos novamente com o Felipe após mais um momento de brincadeira e perguntei se o amigo tinha sugerido fazerem novamente a mesma coisa. Disse que não e logo começou a contar sobre a brincadeira que fizeram. 

Também não queremos interrogá-lo o tempo todo, pois pode parecer demais da conta, algo sem necessidade, que não confiamos nele. Mas aproveitamos e retomamos quando tiramos a roupa, que não queremos que deixe ninguém tirar ou pedir para fazer algo do tipo. Pedimos que nos contem se alguém solicitar isso ou que peça ajuda no momento, nem que seja gritando por nós. Acho que é válido, precisamos orientá-lo e mais do que isso, deixá-lo a vontade e seguro para contar, perguntar tudo para nós. Um diálogo constante e cuidadoso! Uma tarefa nada fácil para os pais.

Mas valeu, valeu esse acontecimento para pontuar mais uma vez que nosso filho está crescendo, que daqui pra frente serão outras demandas, outras questões...

E os olhos continuam, continuam bem abertos!!!

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Uma vacina especial


Além de todas as vacinas comuns, importantes e já determinadas na infância fomos surpreendidos quando chegamos na Alemanha. Logo pessoas conhecidas e, posteriormente, a médica confirmou sobre a importância de vacinarmos nossos filhos contra a FSME. Para ser mais clara é a encefalite, ou seja, uma inflamação do cérebro causada por um vírus. Existem vários tipos de vírus e nem todos infectam logo o cérebro e a medula, mas causam reações que levam a uma posterior inflamação.

Essa doença é transmitida por um inseto que vocês devem conhecer, o famoso carrapato ou Zecke (como é conhecido por aqui).

Logo que nos contaram ficamos com o pé atrás e não acreditamos fielmente. Falaram que devíamos imunizar nossos filhos através da vacinação no esquema de três doses em intervalos consideráveis. Além disso, que o ideal seria tomá-la a partir do outono, para que na primavera e verão já estivessem protegidos.

Bom, com doença não se brinca então seguimos as recomendações. Felipe tomou uma dose, depois outra e mais tarde a terceira. Que bom que tomou, pois não demorou muito na primeira primavera para trazer um carrapato para casa.

Acabam trazendo para casa, pois nessa época intensificam os passeios ao ar livre, onde há arbustos e bosques. Além disso, encontram-se pequenos mamíferos e aves silvestres que são hospedeiros dos carrapatos. "Uma praga"...

O vírus é transmitido durante a penetração da saliva do carrapato, por isso o ideal é tirá-lo inteiro do corpo, tomando cuidado para não deixar partes desse inseto miúdo. Encontramos pinças próprias para retirá-lo.

No nosso caso, todas as vezes retiramos com as próprias mãos e utilizamos a pinça normal, aquela mesma de tirarmos a sombrancelha. 

Por sorte e alegria dos alemães branquelos é fácil reconhecer o carrapato no corpo. A gente até pode questionar se é outra pinta de sol ou sabe-se lá.

Mas está comprovado que as crianças trazem mesmo no corpo e a importância dessa vacina. Fica a dica para quem viajar com crianças para a Europa (vale conferir se há na região), apesar de ser mais uma vacina com suas possíveis precauções e reações.

Agora, foi a vez do Thomas tomar a terceira e última dose. E que se aproximem os carrapatos... rs rs rs e bom final de semana.

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