Adoro revistas, principalmente aquelas que trazem um tanto de informações e novidades sobre o universo infantil. Depois que mudamos para cá, ainda recebi algumas até a finalização da minha assinatura. Mas elas chegaram somente mais tarde, através de uma visita, já que não era viável colocá-las no correio.
A verdade é que nem precisava, já que encontramos praticamente tudo nos sites. Mas gosto! Gosto de juntar papéis de presente, gosto de revistas e de guardá-las pelo menos por um tempo. O fato de folhear revistas e catálogos passa o tempo, é divertido e possibilita que faça marcações, grife partes que acho interessante retomá-las mais tarde. Por isso, que também gosto de ter meus próprios livros.
E abrindo parênteses bem rápido acompanhem o meu pequeno folheando um catálogo. Com quem será que ele aprendeu essa postura de colocar o dedinho. Uma mania feia e espero que não permaneça. Ainda bem que não generalizou, fazendo isso também nos livros. Fecha parênteses.
Essa semana, através do link da revista crescer no face, passei um bom tempo olhando e conhecendo os 30 melhores livros infantis. Vocês já deram uma espiada? Super interessante a maneira que apresentaram os livros no
site. Conseguimos conhecer o início da história, dar uma olhadinha nas primeiras páginas do livro. Se vocês não viram, segue o
link. E não pense que tenho alguma relação próxima com a revista ou que um dos autores pediu para fazer isso no meu blog rs... Apenas passei a estudar como podemos incentivar a leitura por parte das crianças, dei alguns cursos sobre literatura infantil e hoje resolvi falar do assunto para matar um pouco a saudade.
Acho sempre válido conhecermos novas histórias, outro autores. Digo isso, pensando em nós, pais, pois assim criamos um repertório de livros que consideramos interessantes para nossos filhos, considerando a faixa etária e a relação que podem estabelecer com o mesmo.
Quantas vezes vamos até uma livraria e deixamos a criança escolher o livro? Acho que isso acontece e, sem dúvida, também é importante para a criança apresentar e ampliar os critérios de escolha. Mas, por outro lado, temos que pensar nos diferentes tipos de livros que apresentamos para elas: livros com textos curtos, trechos repetitivos, somente com imagens, somente com textos, livros que possibilitam uma interação, no qual as crianças pegam, apertam, sentem, brincam. Livros ricos de conteúdos! E essa é a dificuldade que muitas vezes apresentamos... avaliar se é bom ou não.
Esse universo literário está cada vez maior e vale uma atenção cuidadosa da nossa parte, ainda mais que é válido e favorece muitos aprendizados para a criança desde pequena através do simples ato de folhear, olhar somente as imagens e observar um adulto realizando a leitura.
Por sinal, vocês lêem sempre para seus filhos?
Aqui em casa faz parte da rotina antes deles dormirem. Pensando nos idiomas presentes, temos o costume de intercalar a leitura entre marido e eu. Um dia em português e o outro em alemão. Eles acostumaram e hoje se não tem livro, por algum motivo especial, ficam bravos, tristes. Tem o dia que nós escolhemos o livro, o dia que eles escolhem, mesmo porque consideramos importante observar se pegam um livro que ainda não lemos, se escolhem o mesmo livro do dia anterior ou se fazem questão dos livros em algum idioma.
Olhei o site da revista e fiquei com vontade de ter alguns livros para meus filhos. Não são todos, mas fiz uma seleção de alguns para um investimento futuro. Por exemplo os do Ilan Bremman, autor que gosto bastante e que suas histórias favorecem a imaginação e aproximação de muitas questões infantis, que são divertidos e encantadores em suas ilustrações.
Entre os 30 melhores, por coincidência, Felipe tem dois livros. Um em português e o outro em alemão. Então, fiquei com vontade de compartilhar com vocês. Fica a dica, uma indicação pelo olhar de uma mãe e também pelo filho.
Aperta Aqui ou Mitmach Buch
Conheci esse livro em alemão. Nem imaginava que teria em português.
Num belo dia fui buscar o Felipe no Kindergarten quando me deparei com ele sentado no mini sofá da sala fazendo todos os comandos da história. Isso mesmo! Vi meu filho assoprando, batendo palmas, colocando o livro para um lado, depois para o outro. Na hora, fiquei surpresa, achei estranho, pensei que estava
variando das ideias e logo comecei a ler para ver se era isso mesmo ou se estava inventando a partir da ilustração.
Achei o máximo! Coisa de mãe... rs
Mas realmente ele já sabia tudo, havia guardado as solicitações apresentadas em todas as páginas.
Logo pediu de presente de Natal e frequentemente pede para realizarmos a leitura. Um livro que possibilita total interação. Tanto que o Thomas também já imita o irmão, pega o livro, aperta, assopra, bate palmas achando a maior graça.
Vale vocês conhecerem...
Felipe: Gosto desse livro porque...
“Ele pede para você fazer as coisas. Tem que apertar, assoprar, por o livro de um lado, do outro.
Quando a bola fica muito grande você aperta no meio, na parte branca e fica pequena de novo. Aí começa tudo outra vez”.
Onde cabe um, cabem dez
Esse livro eles ganharam de uma grande amiga.
Achei bem interessante para meus dois filhos. A história é curta; apresenta repetição; favorece o conhecimento, reencontro com os números; tem uma ilustração que favorece a interlocução por parte das crianças; as ilustrações também incentivam uma busca; a brincadeira de procurar os animais.
Felipe: Gosto desse livro porque...
“- Toda hora tem os números para ver quantos vão subir na árvore.
Sempre tem lugar para mais um bicho na árvore.
Os bichos são coloridos e quando sobem na árvore mudam de cor”.
Bom... ficam as dicas. Se quiserem saber mais não deixem de acessar o
site da revista crescer. No qual, tirei também as
ilustrações acima.
Agora, vocês que também são brasileiras e moram fora, sabiam que a Livraria Cultura faz entrega internacional? Não é nada barato, mas talvez pode ser um caminho se vocês tem interesse em incentivarem a leitura, aprenderem mais sobre o idioma, ampliarem os horizontes do seu filho e não tem como conseguirem os livros. Talvez uma vez por ano, de vez em quando, não seja tão ruim assim... O que acham?