Povo estranho? Seco? Rude? Não! Apenas alemão!

Mudei para a Alemanha trazendo uma impressão sobre o povo, de que eram rudes, frios e totalmente independentes. Vim confirmar isso no dia a dia e compartilho com vocês que são diferentes, que possuímos histórias bastante distintas.

O que caracteriza o jeito de ser de um povo é sua cultura, uma trajetória muito única. Ao mesmo tempo, não podemos deixar de considerar que há pessoas que pertencem a uma cultura, nos quais possamos nos identificar em muitos aspectos, ideias e opiniões. Geralmente o mais difícil é compreender o jeito tão específico de ser e respeitar. Melhor, tentar aceitar a pessoa do jeito que ela é, mesmo que não entenda todas suas atitudes.

Chama minha atenção o fato de mostrarem-se um dia muito próximo, querendo ser o seu melhor amigo e no outro dia estarem distantes e calados. A impressão que tenho é que estão acostumados a serem independentes, a viverem pra si um tanto de alegrias, tristezas e acontecimentos. Acabam se isolando, não compartilhando ou expressando no olhar, num simples sorriso (diferente do jeitinho brasileiro de ser). Também não tenho tantos amigos alemães assim, meu contato é com os vizinhos, com as mães das escolas e professoras.

Amigas para conversar sobre a vida e bater papo essas sim até hoje foram brasileiras ou mesmo estrangeiras. Dizem que os opostos se atraem, mas tratando-se de viver numa cultura totalmente diferente, os estrangeiros se aproximam, tendo muitos sentimentos em comum. E assim exemplifico dizendo que tenho uma amiga do curso que é turca, casada com um francês, outra que é russa, casada com um espanhol.

O início da vida é muito parecido, há um sentimento que permeia o olhar. Incrível como as pessoas são mais receptivas, solidárias e próximas. Olha que a experiência que tenho abrangem muitos estrangeiros, desde pessoas que trabalham em consultórios médicos, supermercados, mães de alunos até estudantes de alemão.

Todas essas pessoas as quais conversei e tive a oportunidade de trocar opiniões sobre viver num país totalmente diferente, assim como muitas mães internacionais blogueiras, aposto que se enquadram em uma das categorias abaixo:

- Pessoas que saíram do país de origem em busca de algo melhor profissionalmente, uma qualidade de vida superior.
- Pessoas que vieram acompanhar o marido, começar uma nova vida.
- Pessoas que mudaram para o país de origem do marido.

Entre essas, há aquelas que:

- Amam o país que estão vivendo e não tem vontade de voltar.
- Vivem bem, mas a depender das condições no país de origem voltariam sem sombra de dúvida.
- Estão esperando somente a hora certa para voltar.
- Não pretendem mais voltar e se adaptariam facilmente em outro país.

Mudei para a Alemanha, pois meu marido recebeu uma proposta de trabalho. Além disso, tínhamos como objetivo rever nosso modo de vida. Agora, se isso será para sempre? Achamos cedo para responder. Só mesmo com o tempo... Mas os alemães fazem questão de querer saber, vira e mexe me deparo com a seguinte pergunta: Vocês pretendem voltar para o Brasil? 

Engraçado, pois isso acontece toda vez que paro de pensar nessa possibilidade. Toda vez que estamos num período ótimo, sem grandes saudades, lá vem de novo alguém. Uma curiosidade, uma vontade de saber sobre nossa adaptação.

Confesso que estamos bem! Vivemos bem! 100% Feliz e completa acho que será impossível, mesmo porque geralmente isso é pouco provável que a maioria das pessoas sintam em qualquer parte do mundo. Não é mesmo?

 
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Fotos e fatos da minha vida

Esse final de semana ganhei um selinho da queridíssima Carol Damasceno do Blog Meu Mundo em Palavras. O desafio para postar é contar um pouco sobre mim. Então, decide mostrar um tanto de fotos e alguns fatos que marcam a minha vida. Uma maneira de vocês me conhecerem um pouquinho mais.

Aproveitei e postei o selinho na outra página junto com os outros. E lá mesmo estão minhas indicações.

Espero que gostem! Na verdade, quem me conhece já sabe desse tanto, mas para você minha amiga blogueira, tenho certeza que será uma novidade.

Amo minha profissão. Morro de saudades de dar aula para as crianças. Mas quem sabe do futuro, não é mesmo? Já ando de olho em algumas escolas na Alemanha.

Preciso escrever alguma coisa? Vou apenas dizer que tem um quarto amor a caminho...

Comecei a ganhar lápis de alunos quando era professora no Brasil. Peguei o gosto e comecei a colecionar. Hoje compro quando acho interessante, diferente, quando marca um lugar que freqüentei. Além disso, peço para amigos que viajam pelo mundo!


Momentos da minha vida... Adoração e paixão por todas elas! Elas tem histórias especiais, algumas lembram pessoas que adoro! 


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Após um sábado de NEVE









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O pedido da professora


Thomas está soltando a língua. Está na fase de repetir tudo que falamos, naquele momento gracioso, ora fazendo bico, ora aumentando o tom da voz. Experimentando as possibilidades, ampliando o vocabulário e entendendo tudo que digo em português. Percebo que as poucas palavras que fala são em português. Ponto positivo para mim!

Mas em relação a isso que há um pequeno problema, segundo o ponto de vista da escola. Na escola (Kinderkrippe_Berçário) duas professoras falaram comigo a respeito da comunicação do Thomas e compreensão do idioma alemão. Bem vindo bendito alemão!

Disseram que ele está falando muitas palavras, mas que não compreendem. Logo apostam que só pode ser em português. Que falam com ele, que os amigos também e o mesmo fica parado, sem reação alguma. Disseram que ele fica esperando, olhando...

Tudo isso de um tempo para cá, já que na última reunião estava tudo bem. Ele estava entendendo tudo e mais um pouco.

Não sei exatamente se é porque o português está fazendo mais sentido para ele, se tem uma comunicação maior comigo, se está nesse primeiro momento se apropriando de um idioma para falar. Lembro que Felipe primeiramente falou mais alemão do que português. Demorou um tempo para fazer uso dos dois idiomas. E aposto que esse é o caminho certo! Que eles não dão conta de tudo num primeiro instante.

Logo perguntaram como era a comunicação em casa. Contei que falo somente português com ele, que meu marido só fala alemão e o Felipe intercala ambos os idiomas. Falei da importância de terem a pessoa referência para cada idioma e que queremos muito manter o português. Que até cogitamos logo, logo falarmos somente português em casa, já que o meio social dá conta suficientemente do alemão. Mas isso é algo para pensarmos mais pra frente.

Nessa hora arregalaram os olhos e disseram que nesse momento seria melhor NÃO, já que precisa da referência em casa também para falar e compreender o alemão. E o pedido foi o seguinte: Será que você pode falar alemão com ele?

Achei um tanto estranho o pedido e discordei na hora. Falei que primeiramente não é minha língua materna, que não darei conta de falar com ele corretamente todas as frases. Também estou em processo de aprendizado.

Logo insistiram pedindo para falar somente palavras soltas, simples (por exemplo: verbos, substantivos e adjetivos). Disseram o quanto o ajudaria nesse processo de aquisição. Sendo assim, minha postura foi de que pediria para o Felipe e para o pai falarem mais em alemão com ele. Que seria muito simples, que elas poderiam aprender português também... (Mentira, pois foi só uma brincadeira que fiz).

Agora não acho que é o momento para essa preocupação. Ele só tem 1 ano e 10 meses. Está começando a falar e mesmo assim não pode escolher o idioma. Não é cedo demais para isso?

E vocês aceitariam esse pedido? Pensam diferente sobre o processo de aquisição da fala quando envolvem dois idiomas?

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O peso da barriga, ops... quer dizer, nas costas!

Já estou no terceiro trimestre da gestação e a barriga está crescendo consideravelmente. O peso cada dia é maior, o cansaço chega mais cedo no final do dia e a lista de tarefas é interminável. 

Esses dias estive pensando no quanto só nos damos conta da total responsabilidade de ser mãe no dia a dia, depois que o filho nasce. A princípio é uma vontade, um deslumbramento, no qual a imaginação é grande sobre como será o futuro, como será a relação entre mãe e filho.

Agora grávida do terceiro realmente as preocupações giram em torno de mim. Elas também estão aumentando conforme a minha barriga e tenho a impressão que a cada dia aumentará o peso nas minhas costas. Que não será fácil daqui pra frente. Primeiramente pois moro num país que somos só a nossa família. Peraí, tem meu cunhado, mas mora no norte da Alemanha, nem tão pertinho assim. Então, me pego pensando na sobrecarga diária que tenho com os filhos, com a casa, com o tempo para fazer minhas coisas e no convívio com meu marido. Já falei algumas vezes sobre isso, mas nunca imaginei que minha vida mudaria tanto. Que teria que dar conta muitas vezes sozinha de uma série de coisas, quando envolve morar num país no qual a cultura é pouco conhecida, no qual apresenta um idioma totalmente diferente, que exige dedicação, abraçar tudo que está a sua volta com o melhor bom humor possível, para que dê tudo certo. Conciliando assim, tudo e mais um pouco com as necessidades dos filhos. 

E não há um pensamento diverso, um desprendimento das tarefas e preocupações com a saúde dos filhos e com o desenvolvimento. O tempo todo estou pensando na relação entre os irmãos, na alimentação de um, no aprendizado do outro, no nascimento do terceiro, na lista de coisas para organizar na casa e, assim vai. São mil perguntas ao mesmo tempo: Será que estou fazendo o melhor? Será que sou um boa mãe? Que sou uma boa filha? Será? Será? Não tem fim. 

É um amor tão grande, um querer bem... A gente vive tantas coisas que jamais imaginaríamos. Passamos a entender um tanto da vida, do que nossos pais e avós mostravam para nós.

Tem hora que cansa! Ainda mais quando você fica sozinha por duas semanas, sem o marido por perto. Uma rotina puxada, que inicia a partir das 5h30 da manhã e encerra somente às 20h. Será que dá para ter a dimensão do peso que há sobre as minhas costas? Que está aumentando em todos os sentidos?

Também tinha enquanto morava no Brasil, mas havia um compartilhar diferente, a presença de pessoas mais próximas, familiares e amigos. A relação era completamente outra.

Ao mesmo tempo, pondero tudo isso e penso positivo. Penso que com a vinda do terceiro filho tudo dará certo! Que nossa família só tem motivos para comemorar, no qual apesar das dificuldades, desafios e pesos que estão presentes literalmente no meu corpo, não tem nada melhor do que uma família. Formar uma família, ter um, dois, três filhos. Uma felicidade contagiante! 

Alguma vez vocês enquanto eram mais jovens, não que não sejam... pararam para olhar uma família reunida? Pararam para pensar em tudo que envolvia esse ter, fazer parte de uma família? É bom demais, apesar de todas as responsabilidades. 

Minha família, meu marido e meus filhos, são os pilares em que me apoio para seguir adiante, para pensar que tudo tem sua fase e que um dia é bem diferente do outro. Por isso, mesmo sabendo que tem aquela cobrança interna, em muitos momentos, me esforço para fazer o melhor para os meus filhos, para realmente ser a mãe que sempre sonhei e criei a imagem em minha memória. Não é fácil, mas o que seria da vida sem os desafios. Não é mesmo?

Muito amor! Amor de mãe!

Nesse instante, um sentimento, um desabafo, uma preocupação, a vontade de querer um abraço, um só... 


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Medo do escuro! Simples assim...

Já contei aqui como o Thomas é tranqüilo para dormir. Deu o horário ele simplesmente quase vai para o berço sozinho. Logo que percebemos o sono, conectados no horário, escovamos seus dentes e cama. Geralmente falamos Boa Noite, cantamos um música ou por já ter participado do momento de história com o Felipe, apenas colocamos ele no berço e tchau, tchau.

Lá fica agarrado com seu bichinho de pano e logo adormece. Mas quando está na fase do nascimento de um dente ou tendo uma virose tudo complica. O que é esperado, não é?

Só que dessa vez aconteceu algo diferente. Papai viajou e Thomas também passou alguns dias com virose. Então, estava mais manhoso, querendo colo e ficar com a mami. Com gestos mostrava que queria novamente dar beijo no Felipe, queria por que queria ficar na sala comigo. Alguns dias foram assim, adormecendo no meu colo.

Mas os dias passaram e voltei a colocá-lo no berço como de costume. Realizava todos os procedimentos de costume e pronto. Tudo começava bem: escovar os dentes, dar beijo no Felipe, cantar a música e berço. Mas bastava falar tchau, dorme bem, te amo que começava chorar. Mostrava de todas as maneiras que não queria ficar lá.

Então, novamente pegava no colo e deixava-o adormecer comigo. Foram mil pensamentos durante um, dois, três dias. Será que está sentindo a falta do pai? Será que ainda não sarou? Está com alguma coisa de novo? Será que é apenas manha? 

E todo dia isso foi se repetindo. Até que lá pela quarta noite, com ele no colo, antes de colocá-lo no berço, deu um clique. Sabe aqueles cliques que nós mães temos de vez em quando. Pois é?

Olhei para o abajur que tem no quarto dele. Um abajur bem simpático por sinal. Que eles adoram e falei: “- Vamos ligar o abajur? Vamos ligar a luz?” Nessa hora, Thomas fez sinal com a cabeça e deu um sorriso. Liguei o abajur, coloquei ele no berço e me despedi. Logo Thomas dormiu. 

Agora, pergunta se teve choro! Se alguém ficou chamando pela mamãe! Não! Hoje ligo a luz e pronto.

Conclusão: Medo do escuro! Simples assim...

O interessante é que só fui perceber isso depois de alguns dias, quando adormecia no meu colo, na sala, com a luz apagada, mas com a luz da televisão, no qual deixava o volume bem baixinho. Precisava da claridade.

Depois acionando a memória lembrei de como aconteceu com o Felipe. Tudo foi muito parecido. Nessa fase mais ou menos de quase 2 anos de idade começou a ter medo de dormir no escuro.

O que será que acontece de repente? Mais um marco do crescimento? Aposto que também seja...

Ainda bem que mãe tem algumas percepções e consegue antecipar, utilizar das inúmeras possibilidades para que os filhos fiquem bem. 

E encerro fazendo um brinde ao clique da mãe, a luz no quarto do Thomas, pois assim ainda posso dormir mais um pouquinho, antes que a barriga cresça demais e chegue naquela fase final dos últimos dois meses de gravidez que dormir é um grande desafio, uma enorme tentativa.

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Desenhos do Blog / Drawings from the Blog

Você decide: Post em português ou inglês / It’s your choice: English or Portuguese

Uma vez ou outra comentam no meu blog sobre os desenhos que ilustram os posts. São muitos elogios e uma única pergunta: Você que faz os desenhos? 

Bem que gostaria de fazer os desenhos para os meus posts. Mas isso exige tempo, talento, criatividade e dedicação. Sempre amei Artes, gostei de desenhos de crianças e de ilustrações de livros. Desde que mudei para a Alemanha investi em muitas canetas, lápis, enfim; em um tanto de material de Artes. Uma amiga do Brasil mandou um caderno lindo para começar os primeiros esboços, as primeiras tentativas. Não digo que não tentei, mas não dei continuidade. 

E se é algo que tenho vontade e gosto muito é desenhar. Mas sei lá, me pego sem jeito para fazer, acho que não dou conta. Mas quem sabe após o terceiro filho. Quem sabe começo a destinar um tempo para isso.

Então, enquanto isso aprecio as ilustrações de livros, fico apaixonada pelos desenhos de uma amiga e agora pelos desenhos maravilhosos que a Stasia Burrington faz para meu blog. Foi uma bela descoberta e não consigo romper a relação. Vocês me entendem? 

Tem um tanto que gosto do meu blog assim e também uma paixão pelas ideias que sugiro e, principalmente os resultados.

Conheci o desenho da Stasia através de um blog, entrei em contato e hoje temos uma ótima relação a distância. Mesmo com meu inglês básico, com ajuda do Google translate conseguimos trocar emails, combinar tudo, tudo.

Agora, o que falta realmente nos desenhos dela. Quem sabe? Falta a autoria, a assinatura não é mesmo! Em alguns ela coloca e em outros não. Então, mais uma vez faço uma homenagem especial a minha parceira, a pessoa tão dedicada e que faz desenhos ricos em detalhes para mim. Sempre preocupada se gostarei ou não da produção final manda o esboço inicial para eu aprovar. E isso continua, no qual fará daqui a pouco 1 ano de parceria, 1 ano de investimento €.

Obrigada Stasia! Obrigada por ilustrar meus posts, seus desenhos complementam o que escrevo.


Se você quiser aproveitar e deixar um comentário também para ela, não esqueça que precisa ser em inglês. Ok?

Se tiver interesse e quiser conhecer sem compromisso o trabalho que faz, vejam os links abaixo. Confesso que esse post não é uma propaganda, não é um incentivo qualquer, simplesmente é um elogio, uma homenagem a parceira que faz um trabalho artístico que gosto muito!!!

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Now and then the readers from my blog make comments on the drawings illustrating some of the posts. There are lots of compliments and the usual question is : “Are you the one who makes the drawings?”

I honestly would like to answer it positively but they demand a lot of time, dedication, creativity and talent. I have always loved Arts, appreciated children’s drawings and illustrations of books. Since I have moved to Germany I have been buying different types of markers, colored pencils and quite a good range of arts materials. A friend from Brazil sent a pretty notebook to start my first drawings or my first skecthes. Although I tried hard to improve my drawings, I wasn’t very successful and I ended up giving up. However I cannot deny how much I love drawing. I still sometimes think I do not have the necessary skills. But what about after the birth of my third child? I might dedicate some of my time to put my “dream” into practice.

Meanwhile, the only thing I can do is to appreciate illustrations of books as well as drawings from a very dearest friend. Recently I have made a very contact with Stasia Burrigton, who is the author of the wonderful drawings for my blog. It was an unforgettable discovery and I can’t think of breaking up our relation, can you understand what I mean?

I saw her drawings in a blog, then I got in contact with her by email and we can keep up a good relation by distance. Although I have a basic level of English, it’s possible to communicate through emails, also with the help of the Google translator and discuss everything that I need.


But still there is something missing on the drawings, can you guess what it is? It’s missing the authorship, the creator of them. Some of the drawings have her name on while others do not have it. Therefore, I pay homage for her dedication on the drawings made for the blog as well as her partnership throughout this last year. She is always very concerned whether I liked or not the first outline of a new drawing and patiently waits for an answer. I can only congratulate her for all her professionalism.

Thanks Stasia! Thanks for illustrating my posts, your drawings perfectly matches with my writing.

If you are interested in her beautiful work, post a comment too. Just a quick reminder: Do not forget to write it in English, ok?


Feel free to search on her links below. Honestly speaking this post is not an advertising at all, it is a genuine compliment to my dearest partner who makes a very talented artistic work.
 

(Versão em inglês: Ceila Vignoni)

http://stasiab.wordpress.com/
http://www.wix.com/stasiab/illo


 
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Que susto!

Tem certas coisas que não fazem com uma grávida. Não é mesmo? Para tudo há um jeito certo de falar. Se bem que estou para conhecer um alemão que faz rodeios e que fica floreando a situação. Geralmente eles são o que são, falam e pronto! Mas confesso que enxergo pontos positivos em tudo isso! Não é que eles são mal educados, rudes, apenas falam o que pensam na hora que for. Cabendo a nós entendermos esse jeito.

Então que Thomas teve uma virose, no qual atacou o intestino. Foram quatro dias de cuidados excessivos com a alimentação, querendo colo e tudo mais. Depois de praticamente uma semana retornou para a escola. 

No primeiro dia na escola ficou mais quietinho, mais tranquilo. Ficou 5 dias em casa e estava realmente se recuperando. No dia seguinte, quando chegamos na escola levei um tremendo susto. Sabem por que? 

Primeiro que fui literalmente parada na porta. Enquanto estava pegando o sapato de colocar por cima do meu para entrar na escola, organizar os pertences do Thomas, logo a coordenadora se aproximou e contou um caso. Que uma criança estava com Scharlach e que talvez fosse o caso de verificar se o Thomas não estava também. Abrindo e fechando um parênteses rápido: Scharlach é o mesmo que Escarlatina. Além disso, falou que estava preocupada comigo que não seria bom se eu pegasse também. Que não é bom para o bebê. 

Bom, na hora fiquei assustada com a urgência e jeito que falou comigo. Mostrava realmente preocupação, porém quem ficou mais preocupada nessa história toda fui eu. 

Sabemos que qualquer doença não é boa quando estamos grávida. A princípio não acreditei que isso estava acontecendo, pois Thomas não havia apresentado nenhum sintoma mais específico. De qualquer forma, pedi que o observassem, voltei para casa e.... Pensei, pensei até que liguei para marcar outra consulta na pediatra. Liguei para minha médica, que muita prática disse que se estivesse também tomaria Pinicilina. Que não haveria nenhum problema para o bebê. Ok! Mas não queria certo!?

Então, conciliando todas as tarefas e na maior correria fomos até a pediatra que fez o exame no Thomas. Conclusão: ALARME FALSO! Só mesmo para me assustar...

Nesse meio tempo fico pensando no cuidado excessivo que a escola (berçário) tem com os bebês. De jeito nenhum deixam a criança na escola se estiverem com suspeita de alguma doença. Logo solicita para levarmos ao pediatra e além disso que traga um atestado. Bom para garantir a saúde das outras. 

Agora, peço que da próxima vez tenham cuidado ao falarem com uma mãe grávida. Um susto desses não é nada bom.

No Brasil sabemos que é pouco comum, que não acontece com todas as crianças. Agora, aqui é bastante comum e sempre há casos e casos no berçário e Jardim da Infância.

Escarlatina é uma doença bacteriana infecciosa que afeta principalmente crianças. Diagnosticados, por ano na Alemanha, cerca de 1 a 1,5 milhões de pessoas no Grupo A (Streptococcus pyogenes). Seus venenos (toxinas) causam os sintomas: febre alta, dor de garganta severa, dificuldade em engolir, garganta vermelha escura, dor de cabeça, e dores no corpo. No segundo di, uma erupção avermelhada se desenvolve no corpo e uma a duas semanas, a pele fica escamosa nas mãos e pés.
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Música Brasileira na Alemanha



Só pra descontrair...

Conheçam a música brasileira que está fazendo o maior sucesso no rádio. A música é do cantor Michel Teló. Vocês conhecem?

Até então não fazia ideia do cantor e muito menos da música. O mais engraçado é ouvir os locutores do rádio anunciarem a música com um sotaque daqueles: "- E agora Ai se eu te pego!" Fico escrevendo isso, mas já pensaram quantos alemães se divertem com o jeito que falo.

Não gosto da música, mas tem um ritmo bem brasileiro, com sanfona e tudo mais. E vocês acham que os alemães gostam? Dançam? Aposto que adoram!!!

Pra mim não traz lembranças boas da cultura,  da boa música brasileira. Mas gosto é gosto!
  
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99% e a escolha do nome

Poucos dias atrás contei para vocês que faria outro ultrassom e que teria a confirmação do sexo. No entanto, meu bebê não está querendo deixar tudo a vista. Não gosta de ficar se mostrando toda hora. Vimos de relance, assim como da outra vez e conforme a médica é 99% de chance de ser um menino. Isso mesmo um menino! A chance que tenho de começar a formar um pequeno time de futebol.


Sabemos que há 1 % (de acordo com o olhar e conhecimento da médica) de ser menina. Mas a princípio tudo indica ao contrário, por isso está na hora de começar toda a organização de roupas, quarto e tudo que vem no pacote quando estamos grávidas.

Organizarei as roupas que eram do Thomas, aproveitarei um tanto! E assim, esperamos o mês, a data na maior tranqüilidade, pois a família estará aqui cheia de amor independente do sexo. Mesmo porque podemos parar com a ideia de rosa para as meninas e azul para os meninos. Outro tempo! 

Com isso, vamos pensar no nome do bebezinho!! Vocês gostam dessa parte? Eu adoro, mas confesso que está sendo um pouquinho difícil. Como foi para vocês? 

Bom, compartilharei alguns critérios:

1º) A princípio achamos importante e consideramos o lugar onde moramos, a cultura e os nomes possíveis. Sou brasileira, mas a depender do nome, o mesmo pode ser pronunciado de maneira incorreta. Isso não vou querer. Por exemplo: Felipe. Aqui na Alemanha é comum Phillip, então muitas pessoas chamam ele de Filipi (trocando o E pelo I).

2º) Estamos morando aqui já faz um tempo e não temos data marcada para voltar para o Brasil e, muitos menos, planos. Tudo estável por enquanto, sem pretensão de mudança. Porém, como não sabemos o que poderá acontecer amanhã, se voltarmos um dia para o Brasil, o nome também precisará ser pronunciado corretamente. Juro que vou querer! Mas tem alguns casos difíceis e que teria que corrigir as pessoas. Então, melhor não... ou sim! Por exemplo: Julian. Como você falaria? Ahhhhh....Mas não é assim! Aqui o J tem som de I. Não gostaria que o nome do meu filho tivesse dupla pronúncia.

3º) Nomes compostos não gosto e é raro encontrarmos por aqui.

4º) Nomes comuns demais! Em primeiro lugar na lista dos mais mais no ano também não é a minha intenção. Só se gostar muito, muito e por acaso passou a fazer parte dos Tops.

5º) Nomes muito grandes! Também não gosto!

6º) Desconsidero da lista de escolha os nomes de sobrinhos, primos e crianças muito próximas. Sei lá, parece que copiamos. Além disso, tem que apelar para o sobrenome para saber a quem estamos nos referindo.

7º) Nomes não tão comuns, diferentes. Estranhos e ao serem pronunciados lembram um produto, um cachorro, sei lá... prefiro que não!

8º) Tem que combinar com Felipe e Thomas. Como assim combinar? Sei lá quando a gente fala seguido todos os nomes....rs

Então, vendo a lista de colegas da escola do Felipe, do Thomas, olhando na internet a lista dos 500, 100 mais colocados na Alemanha, selecionei os que não colocaria de jeito nenhum e os nomes possíveis, incluindo os que gosto mais. Muitos são comuns e vemos também no Brasil, mas tem alguns que não simpatizo, não tem jeito.

Alguns bem diferentes. As mães que me perdoem, mas gosto é gosto.

1) Finn: lembra nome de um adoçante.
2) Maximilian: Um dos amigos mais próximo do meu filho Felipe. Só que até pronunciar esse nome...
3) Felix: Que tal gato Felix
4) Tim: Assim como meu filho Thomas diz pra o brinde: Tim tim
5) Moritz: Aqui encontra como nome de rua, nome de bar.
6) Jan: Jan ou Ian? Velha história da pronúncia.
7) Noel: Papai Noel....
8) Tyler: Será um gato? Cachorro? E como fala mesmo?
9) Liam: sem lembranças, mas não gosto
10) Linus: sem lembranças, simplesmente não gosto
11) Efe: Afe
12) Tobias: conheço um amigo do Felipe que tem esse nome, mas sei lá não combina com meu bebê
13) Colin: Raça de cachorro. Pode ser?
14) Emil: Emil? 

Nomes possíveis

1) Lucas / Lukas: Bem conhecido. Comum...
2) Luca / Luka: Lucas e Luca foram uma grande discussão na época que estava grávida do Felipe. Pois o marido queria com S no final e eu não. Conclusão: outro nome.
3) Noah: Acho bonito! Gosto! Mas não sei...
4) Nicolas: Sempre gostamos. Mas temos um amigo que acabou de colocar o nome no filho (apesar de não convivermos sempre), além disso meu marido diz que gosta mais de Nico. Só Nico.. Posso?
5) David: Antigo, conhecido e de época.
6) Rafael / Raphael: Lembra um primo distante que era arteiro demais.
7) Leo: Curtinho, mas simpático!
8) Theo: O mesmo de Leo. Não sei se combina com o nome dos meus filhos.
9) Christian: Diferente! Será uma possibilidade?
10) Lorenzo: Algumas crianças tem esse nome. Acho forte, simpático.
11) Luan: Será que lembra Lua, Luana?
12) Enzo: Simples, a pronúncia soa bem.
13) Sebastian: Será que no Brasil vira SebastianO.
14) Ben: Meu BEM você me dá... BEM vem aqui.
15) Julian: Julian ou Iulian

Difícil tarefa! Mas ainda tenho tempo, alguma semanas pela frente. E você, quer palpitar? Conhece algum outro que seja possível, independente de onde morar?
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Façam uma denúncia se acharem que convém...

Ou...

A dor, o passeio e dois filhos pinguins

Nessa gravidez parece que estou ficando mais cansada, necessitando um período maior de repouso. O que tive de disposição na primeira e na segunda, agora estou com as dores na terceira. Dessa vez foi a tão querida dor nas costas, mais especificamente no ciático. Foram três dias bem difíceis, no qual durante o dia ficava bem, mas bastava sentar, deitar ou dormir para não querer levantar mais no outro dia. Uma dor tremenda, no qual andar foi um exercício difícil, cheio de suspiros e lágrimas.

Então, conversando com o marido sobre o que causou essa dor, talvez uma noite mal dormida, o colchão, um movimento feito de maneira incorreta, o esforço para pegar o Thomas no colo (12 kg a mais), o mesmo sugeriu que fizesse alongamento, mexesse mais o corpo, fazendo caminhadas; como se não bastasse o exercício diário em casa, arruma isso, faz aquilo, brinca com o Felipe, desce até a máquina, pega o Thomas entre outras coisas que vocês devem imaginar.

Tudo bem, prometi que pensaria mais no assunto. Então, tive a brilhante ideia e lembrei que além de mexer mais o corpo, talvez pudesse fazer uma compressa com água morna na região afetada. Tirei o dia fiz compressa, compressa, compressa e também fui passear com o Felipe e o Thomas.

Propor um passeio para as crianças não tem tempo ruim e, na verdade, não tem mesmo. Eles lembram de todos os acessórios possíveis e necessários para essa estação do ano. 

Logo estavam prontos, já que a temperatura estava em torno de – 4, - 5C. Felipe estava com uma calça mais justa (própria para a estação), outra de veludo por cima e forrada, meia, regata, uma blusa de fleece (bem quente), uma jaqueta, gorro, bota e luva. Thomas vestia uma calça mais justa (praticamente uma meia calça grossa), outra calça por cima, meia, body, uma malha fina, um casaco duplo, gorro, cachicol, bota e luva. 

A princípio, o que vocês pensam? Acham que estavam bem agasalhados? Sim!!! Que bom... Demos uma volta, vimos um cachorro aqui, um gato ali, até que quiseram ir ao parquinho. Logo pensei que tudo bem, já que não ficaríamos muito, por conta da temperatura e também pelo horário, já que começaria a escurecer.

Eles brincaram um pouco e, em seguida, fizemos o caminho para casa. Thomas no carrinho, Felipe de bicicleta. 

Mais ou menos uma quadra de casa, Thomas começou a chorar. Falar “- Kalt! Kalt!” (Frio! Frio!) e mostrar as mãozinhas. Na hora arrumei a luva dele e falei que faltava pouco para chegarmos em casa. Em seguida, foi a vez do Felipe dizer: “- Minha mão está doendo!” 

A essa altura, minha dor já estava bem melhor. Também não tinha outro jeito! Tinha que continuar e ainda por cima de preferência bem rápido, já que os dois estavam reclamando.

Logo chegamos em casa. Thomas choramingando e Felipe mais quieto querendo entrar. Agora, tremenda foi minha surpresa quando entramos em casa. Adivinham? Thomas estava com a mão gelada, gelada, congelada, dura e vermelha. Felipe também estava com a mão muito fria. 

Mas Thomas reclamava mais, mostrava, chorava e falava muitas vezes “- Kalt! Kalt!” (Frio! Frio!). Logo dei um banho, vesti um pijama quentinho, coloquei ele sentado no sofá com o edredon e dei um leite morno (do jeitinho que gosta). Mas as mãos continuavam estendidas, duras e geladas. Demorou um tempo para esquentar, para sair do sofá, brincar todo sorridente. Ohhh dó!

Ehhhh mãe! Ah, isso não! Pois cuidei de cada detalhe, apenas não dava para prever a sensação térmica ao caminhar pela rua, imaginar que a luva escolhida no dia não daria conta.

Agora, bom que passou. Esse será mais um episódio que ficará na nossa história. Além disso, a minha dor também melhorou. Se contar que diminuiu 80% vocês acreditam? Agora, está bem fraca. O que será que causou essa melhora? Quem arrisca um palpite?

Vocês sentiram alguma dor durante a gestação? Me contem! ou Preferem nesse momento se ocuparem fazendo uma denúncia? Denunciarem uma mãe e os pares de luvas...

Thomas estava vestido muito parecido! Usando essa luva...
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"- MEU irmão!"

Não canso de contar sobre a relação entre irmãos, pois é algo que me surpreende a cada dia. Juntos constroem uma cumplicidade, um querer bem, em querer a companhia um do outro, a antecipar um tanto do que já sabem sobre o irmão. Posso passar horas e horas observando os dois juntos! 

Ao mesmo tempo, também começaram as situações nas quais um disputa mais que o outro a atenção dos pais, no qual brigam por conta de um carrinho ou de um brinquedo retirado da mão. Um aprender a conviver, a dividir e compartilhar no qual sobressai o jeito tão particular de ser de cada um. Características marcantes e tão admiradas pelos pais! Por que será? Porque identificamos um tanto do nosso jeito de agir e ser. E ficamos nos questionando: Será que sou assim? Será que puxou mesmo um tanto para mim?

Felipe é uma criança muito sensível, frágil, tanto que se incomoda, fica chateado e chora facilmente. Sempre demonstra grande preocupação comigo, perguntando porque estou de um jeito ou do outro. Conversamos muito e sempre explico minhas razões por determinada atitude. Com 4 anos e meio fica atento e muitas vezes faz uso, me imitando em outro momento.

Com o irmão tem sido igual, demonstrando grande carinho e preocupação. Tê-lo lhe fez muito bem. Nós como pais avaliamos como foi positivo o crescimento e aprendizado do Felipe com o nascimento e, agora, com o convívio diário com o Thomas, numa relação cada vez mais próxima e íntima.

Felipe faz questão de falar, considerar e colocar o irmão perante a todos. Tanto que outro dia estávamos no carro, após uma consulta no pediatra, esperando o papai pegar os remédios na farmácia, quando Felipe começou a falar. Detalhe que foi uma tremenda cena teatral, falando nas duas línguas. Comigo em português e, em alemão como falaria com o amigo da escola. Interessante foi vê-lo interpretando a situação e mudando rapidamente o jeito de falar, a língua.

“- Sabe mamãe... amanhã na escola eu vou falar assim para o Max (amigo)”.
“- Hoje meu irmão não foi pro Kinderkrippe (berçário)”.
“- Aí mamãe ele vai perguntar: Warum? Por que?”
“- Eu vou falar”:
“- Weil... porque ele está doente! Ficará em casa tomando remedinho”.

Incrível como gosta de contar acontecimentos da família. Tanto que no dia seguinte contou que falou para o Max e para a amiga Sophia sobre o Thomas. Logo perguntei qual tinha sido a reação e fala dos colegas. 

Ele disse:
“- Ah mamãe o Max fez uma cara (Imitou o amigo com um sorrisinho)”.
“- A Sophia não falou nada e ficou só me olhando”.

Um querer bem! De querer a presença! Agora estamos na fase de organizar o quarto, pois dormirão juntos. Ontem mesmo Felipe abriu a porta do armário, mostrou para o Thomas e falou:

“- Viu Thomas aqui é o seu armário. A mamãe vai arrumar para você! Você vai dormir comigo!”

Eles conversam em português. Um sotaque do Felipe e um olhar atento do Thomas, prestando atenção em tudo, tudo! 

Uma relação que não canso de admirar... Meus filhos, minha grande paixão!


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Vida de Dita! De Maria! Como preferir...



Hoje fui convidada pela Renata Marques para participar no Donas de Casa Anônimas. Aproveito para agradecer a oportunidade de pensar mais ainda sobre essa tarefa que agora faz parte da minha rotina.

Você que me conhece consegue me imaginar falando sobre a Limpeza da Casa, sobre ser Dona de Casa. Pois é...

Conto para vocês um pouco de como funciona na Alemanha, os cuidados que tenho que ter, o jeito que fui encontrando para dar conta de tudo. Mas detalhe, com as crianças, tenho um amigo quase inseparável, o aspirador de pó.

Faz parte, não?! A gente reclama, aprende, fecha os olhos para um tanto de coisas e, assim vai vivendo, priorizando isso, curtindo fazer aquilo. 

E vocês se dão bem com a limpeza de casa ou é um martírio todo dia ver coisas para fazer?

Vai lá no Donas de Casa Anônimas e conta pra mim.

http://www.donasdecasaanonimas.com/2012/01/vida-de-dita-na-alemanha.html


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1 Ano, 1 Homenagem e 1 Curiosidade

Hoje faz um ano do Blog Nova Vida, Vida Nova. Um ano que merece uma comemoração especial.

Uma dedicação, um vício tremendo, uma vontade de escrever mais e mais. Um ano de registro de acontecimentos importantes da minha vida, no qual pude pensar muito a respeito, a criar uma interlocução com muitas de vocês.

Agradeço imensamente todas minhas seguidoras e, principalmente, as amigas virtuais que sempre passam por aqui, que deixam comentários, dicas e palpites. É muito bom quando há essa troca. Visito muitos blogs, faço comentários de coração e cada vez tenho mais vontade de conhecer muitas de vocês. Distantes, mas muitas vezes próximas demais! Nem imaginam como esse espaço tornou-se importante para mim.

Não sei o quanto escreverei após o nascimento do terceiro filho, já que hoje já me desdobro bastante para dar conta. Mas vou levando e é essa relação que me encoraja a escrever, a não desistir. Obrigada!

Sei que o aniversário é nosso, mas não posso deixar de fazer uma homenagem aos blogs especiais durante esse período (aqueles que sempre comento). Tem aqueles que sempre me acompanham, os que leio diariamente, tem aqueles bastante críticos, divertidos e bem humorados. Aqueles que compartilham um tanto de como é ser mãe, que favorecem muitos pensamentos sobre o jeito de ser perante a vida, ao filho e ao outro.

Para finalizar peço uma pequena contribuição de vocês. Gostaria que respondessem a seguinte pergunta: O que vocês mais gostaram durante esse período no Blog Nova Vida, Vida Nova? Aceito críticas também...




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Quando você sabe que seu filho cresceu?

Tem aniversário e comemora que ficará sem os pais na casa do colega.

Viaja com os pais para a casa de amigos e diz que não dormirá no mesmo quarto, que dormirá com os filhos dos amigos.

Pede para tomar banho sozinho e mostra-se todo independente, cuidando de cada parte do corpo, fazendo tudo igual aos pais.

Faz questão de trocar de roupa sozinho. Que fica bravo quando não consegue colocar alguma peça.

Começa a ensinar tudo para o irmão, o jeito de comer, sentar e falar. Surpreendendo os pais muitas vezes com o tanto que sabe.

De uma hora pra outra começa a fazer xixi em pé e, após terminar, dá aquela balançadinha no pipi.

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Blogagem Coletiva: 12 Fatos da minha vida / 2011

Depois de um certo tempo o Mães Internacionais voltou e para marcar esse momento nada mais interessante do que começar por uma Blogagem Coletiva. Uma maneira de todas as mães brasileiras postarem e compartilharem momentos tão importantes da vida.

O Ano de 2011 foi ótimo! Não tenho do que reclamar, apenas fiquei um pouco apreensiva com alguns acontecimentos familiares (internação da minha irmã, cirurgia do meu pai) no Brasil. Tudo terminou bem! E agora, compartilho com vocês um tanto dos momentos marcantes para mim. Talvez você já tenha visto algo parecido no blog, mas valeu fazer a retrospectiva. Uma maneira de organizar fotos, documentos e lembrar um tanto o que aconteceu.



http://www.maesinternacionais.com/2012/01/03/blogagem-coletivas-12-fatos-da-minha-vida-em-2011/

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Menino ou Menina?

Bom se você também está curiosa ou ao menos com vontade de saber o sexo terá que esperar até semana que vem, pois o meu bebê vive se escondendo nos dias do ultrassom. De jeito nenhum quer mostrar o sexo. No último ultrassom ele estava de lado e não deu para ver 100%.

Parece brincadeira ou que não quero contar para você, mas realmente não tenho certeza. Muitas pessoas já disseram: “- Lógico que você já sabe o sexo. Aposto que não quer contar!” ou mesmo “- Não pode ser. Quase 6 meses e ainda não sabe?! Como assim!”

Mas realmente está sendo do jeitinho que estou contando. Por que esconderia, não é mesmo?

Como diminuiu muito minha ansiedade em querer saber logo, resolvi esperar para compartilhar essa última consulta. Não deu para ver muito, mas a médica acredita que seja outro MENINO, porém deixou aberto para confirmarmos mesmo na consulta de janeiro, que por sinal está chegando o dia. 

Sabem que na hora que falou da possibilidade de outro menino logo pensei que não será dessa vez que serei mãe de menina, que as coisas não acontecem por acaso. Confesso que fiquei um pouquinho triste, mas passou logo. 

Assim como já contei aqui o que mais desejo é a saúde do meu filho (sendo menino ou menina). Depois da última consulta comecei a olhar minha barriga e adorei a possibilidade de ter outro menino. De verdade, acho que será muito bom! Agora, estou com a ideia e acreditando que seja outro menino. 

Fiquei pensando na relação entre irmãos, no conhecimento que já tenho em ser mãe de menino, na quantidade de roupa guardada que eram do Felipe e do Thomas, no quarto, nos brinquedos; enfim, tem um tanto de facilidade para meu bolso €€€ e para mim.

Lógico que se for menina daria para adaptar uma série de coisas, mas seria impossível não pensar em roupas, brinquedos e decoração. 

Bom vamos aguardar para seguir os próximos passos, quarto, organizar roupas e tudo que envolve a chegada de um bebê. Tem pessoas que conseguem se desprender nesse processo todo, não saber o sexo, organizar tudo, mas confesso que sou diferente. Que gosto de saber, de conversar enquanto ainda está na barriga, parece que há uma maior relação entre o bebê e mãe, começo a imaginá-lo na minha cabeça, a chamá-lo pelo nome. Sei lá, mas sinto que é diferente!

No entanto, faço algumas coisas, aguardo mais alguns dias para a confirmação de que será outro menino. Aguardo para compartilhar com vocês e com muitas pessoas que ainda dizem que é uma menina (não é mãe?). O que será?

E assim vamos curtindo a barriga, o tempo que está passando e a relação que está sendo construída entre nossa família.

Ontem foi um dia ímpar e que marcou bastante. Geralmente meu marido acorda primeiro junto com o Thomas, depois acorda o Felipe e, enquanto isso, estou lá na cama, meio acordada, meio dormindo. Então, geralmente um deles vai até o quarto para me chamar. Ontem foram todos. E tem coisa mais gostosa do que ser acordada com beijos dos filhos? Com filhos em cima de você? Com beijo do marido?

Logo Felipe vendo minha blusa pela metade da barriga, já que agora está assim, ainda mais deitada, tomou a iniciativa e beijou a minha barriga dizendo “- Oi bebê!”. Thomas vendo a cena, o que fez? Foi até minha barriga, beijou, beijou e beijou (de ouvir estalo) e disse: “- Bebê!, Bebê!”

Não é maravilhoso? Como posso não me emocionar com as pequenas cenas do dia a dia...

Bom, semana que vem conto mais.

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Inverno: O lado bom e ruim


"A diversão das crianças brincando na neve. Felipe limpando o trampolim!"

Bom!
Neve: O vídeo já mostra que a maior alegria do inverno é a neve. As crianças amam brincar com a neve, passear e não tem tempo ruim para elas. Não só para elas, mas os adultos também adoram. Muitos ficam dizendo que dá trabalho tirar a neve da garagem, dos carros, mas vira e mexe escuto: “- Esse inverno está tão triste! Com pouca neve!” Vai entender, não é mesmo?

Voltar pra casa: O bom do inverno realmente é sair e voltar pra casa. Uma delícia sair, passear, fazer compras e voltar para o aconchego da casa quentinha. É uma sensação tão boa!

Tomar Chá ou um bom vinho: Quer coisa melhor que essa? Amo! Toda noite, antes de dormir, tem chá de maçã ou de frutas vermelhas. De vez em quando arrisco sim e bebo um pouquinho de vinho. Não deve fazer mal para o bebê. De vez em quando e só um pouquinho pode...

Aquecedor: Que delícia ter aquecedor em casa, nas lojas e em todos os ambientes fechados. Esquenta rapidinho! 

Vizinhos: Bom quando é inverno, pois assim os vizinhos se vêem menos e a possibilidade de ficarem fofocando, comentando da vida dos outros é mínima. Gosto disso! Um pouco mais de privacidade, sem ter que ficar comentando isso e aquilo, respondendo uma infinidade de perguntas.

Namorar: Ficar juntinho com o marido embaixo das cobertas. Tem coisa melhor? Mas isso geralmente acontece somente depois das 20h, quando todas as crianças estão dormindo. 

Blogar, ficar na internet, falar mais com as pessoas do Brasil: Isso realmente acontece, já que ficamos mais em casa. 

Rotina: O dia encerra mais cedo, já que às 16h30 começa a escurecer. Para as crianças após uma tarde de brincadeira se organizarem para o banho, para o jantar é mais fácil. Logo, vão para a cama no horário certo.

Céu Azul: Adoro ver o céu azul nos dias de frio. Tem dias maravilhosos, no qual há neve, sol e frio.

Roupa de inverno: Dizem que as pessoas ficam mais arrumadas e chiques no inverno. Será? Concordo que tem roupas bonitas, mas aqui na Alemanha são raras as pessoas que se vestem bem, que se preocupam em variar o casaco. A palavra chave é praticidade, então basta um casaco, uma bota e vamos lá. 

Ruim!
Vestir as crianças: Como dá trabalho e ainda mais agora que estou barriguda. Colocar casaco, bota, gorro, luva. Depois a gente chega nos lugares e tira tudo de novo, na hora de sair veste tudo novamente... É um tira e põe sem fim. Isso cansa!

Acordar: Colocar o pé no chão, olhar pela janela e ver que tudo está escuro dá vontade de voltar novamente para debaixo do cobertor. Por mais que eu tente, tem dias que ainda são difíceis, ainda mais quando a noite não foi boa por conta de um ou outro filho que acordou.

Cheiro do aquecedor: Ficar em casa no quentinho é muito bom, mas o cheiro que o aquecedor deixa na casa não dá. Ainda mais sensível, basta sair de casa, voltar e sentir o cheiro. Um horror. Precisa realmente abrir as janelas todos os dias para circular o ar. Além do mais, vale um investimento num perfume de ambiente ou mesmo num difusor.

Comer: Ahhhh esse aspecto realmente não é bom. Ficando mais em casa o que nos resta.. comer, comer! Então, cada hora a gente inventa um prato diferente. Um controle diário para não ganhar tantos quilos.

Sujeira: Realmente precisa tirar o sapato antes de entrar em casa. Impressionante como carrega sujeira, lama, neve e tudo mais. Se deixar vira uma lameira e o piso fica cheio de marcas pelo chão. 

Lenço de papel: Logo que cheguei aqui não entendia a quantidade de pacotes fechados com vários lenços de papel à venda nos mercados. Além do mais, como brinde na farmácia. Hoje entendo que o tempo solicita que tenhamos sempre na bolsa, no bolso um lenço de papel. Uma água infinita que escorre do nariz. Eca! Então, é preferível andar com o lencinho.

Termino essa lista com uma fala de uma amiga: “Ninguém merece acordar de noite e sair do trabalho de noite... cadê o Sol? Não era para ser de dia? Depois tem gente que fala que o inverno aqui é lindo”.

Pois é tem mil opiniões a respeito do inverno. Pessoas que amam, pessoas que odeiam, pessoas que se acostumaram e hoje conseguem listar inúmeras coisas boas. E você gosta do inverno? Tem algo para completar minha lista? Acha que suportaria viver nesse inverno? Olha que é bem diferente do Brasil...
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A visita, o bebê e um pensamento

Não é meu bebê! Ainda faltam três meses para nascer. Mas está passando rápido e, agora que começou o ano preciso realmente organizar um tanto de coisas em casa, no quarto dos meninos e para o bebê. De ontem pra hoje comecei a pensar, pensar e ficar preocupada. Por que será? Sabem quando aparecem mil coisas na frente para fazer, organizar e dar conta. Só quero ver! 

Além de toda a demanda do dia a dia tive uma situação que suscitou inúmeros questionamentos. Foi uma pequena "simulação", um teste rápido para experimentar um tanto do que está por vir. Recebemos a visita de um casal de amigos com um bebê recém nascido (com apenas 8 semanas). Lógico que quis pegar o bebê, levinho e tranqüilo no colo. Sentir o cheirinho e experimentar o que vivenciarei daqui um tempo.

Agora, imaginaram a cena? Eu com o bebê no colo e o Felipe e Thomas por perto. Felipe aproximou-se um pouco, olhou e logo voltou a brincar. Já a reação do Thomas foi bem diferente. Também aproximou-se mas quis empurrar o bebê, sentar no meu colo. Enfim, tomar o lugar. Precisei conversar com ele, explicar que não podia empurrar e tudo mais.

Natural para uma criança de apenas 1 ano e 9 meses, ainda um bebê que requer um tanto da minha atenção, que precisa de ajuda, que ainda é pequeno. Na verdade, sabemos que eles não entendem a situação, que não são assim tão delicados. Enquanto o bebê estava deitado no sofá, Thomas aproximava-se, queria deitar perto do bebê, com um jeito que tínhamos que intervir a todo momento. Que medo!

Lembro que quando Thomas nasceu o Felipe também ficou inciumado, vivi situações difíceis de disputa de colo e atenção. Felipe ficava junto enquanto amamentava, queria sentar no meu colo ao mesmo tempo. Difícil entenderem a situação. E nós mães fazemos mil e uma para dar conta e atender da melhor maneira a demanda de cada filho.

Foi um período, deu tudo certo! Mas agora voltei a pensar nisso, como será com três filhos. Fiquei imaginando como será a minha rotina, o período de amamentação quando o bebê nascer. 

Cedo para pensar nisso? Talvez! Mas vivenciar uma situação similar, tendo um bebê em meus braços, me fez pensar muito. Como será? Será que darei conta de toda a demanda? Muitas pessoas dizem que sou corajosa, para morar na Alemanha e ter três filhos, será que sou mesmo?

E você já viveu algo parecido? Tem algo para me contar? Sei que é uma fase difícil, que a mãe precisa se desdobrar para dar conta e atenção individual para cada filho. Já ouvi relatos de pessoas que amamentavam de porta fechada, de mães que deixavam os filhos por perto, que ofereciam o peito para os filhos maiores, enfim, tenho certeza que cada uma encontra um jeitinho.

Enquanto amamentei o Thomas, meu filho mais velho sempre ficou por perto. O que fazia era conversar com ele, explicar a situação, falava o que estava acontecendo, as reais necessidades do bebê. Além disso, garantia momentos especiais só com ele, por exemplo, enquanto o bebê dormia. E você, me conta sua experiência ou ao menos o que considera importante nesse período...

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